
A partir desta reflexão, Lynn Alves, professora do mestrado em educação e contemporaneidade da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) e autora do livro Game Over: Jogos Eletrônicos e Violência, demonstra a importância da tecnologia, em especial os jogos eletrônicos, na vida dos jovens contemporâneos.
Lynn também coordenou, entre os dias 22 e 23 de outubro, o workshop Desenvolvimento de Jogos Digitais no Nordeste – Mapeando possibilidades, realizado no campus I Uneb, no Cabula. O evento foi voltado para os profissionais da área de educação e tecnologia, bem como para estudantes e interessados pela temática.
Encarados por muitos como nocivo e prejudicial ao desenvolvimento cognitivo dos jovens, os jogos eletrônicos, segundo a professora, vêm ganhando espaço entre vários estudos e demonstram que podem ser mais um instrumento pedagógico no ambiente escolar. Esta reflexão partir da concepção que existe hoje uma geração submerso no mundo da tecnologia, que tem acesso a tecnologia, seja por meio da televisão ou dos vídeos-game ou das LAN house.
De acordo com Lynn, os sujeitos nascidos na pós-modernidade estão imersos em um mundo altamente tecnológico. Esta geração é defendida pelos estudiosos como os "nativos digitais" ou "geração mídia". Uma categoria que vem sendo largamente discutida na atualidade.

Com a utilização de alguns jogos eletrônicos, a exemplo do Simcity, Civilizations e RPG, "os professores podem trabalhar o aprendizado em geografia, história, porque nesse jogo desafia os estudantes a administrar recursos, criar cidades, enfrentar catástrofes, fazer escolhas, planejar, entre outras coisas", comenta a educadora Lynn.
Nesta perspectiva, por meio dos jogos eletrônicos, os estudantes são estimulados a saber quais as conseqüências de colocar uma escola perto de uma fábrica poluente, além de verificarem quais os problemas sociais ou de saúde as ações realizadas durante o jogo podem causar.
De acordo com Lynn, até mesmo nos jogos violentos, tanto crítica pelos pais, podem servir de fonte de aprendizado e estímulo entre o público jovem. "Você pode trabalhar a questão cognitiva, pois estes jogos exigem uma habilidade sensorial e motora muito grande, tomada de decisão e planejamento estratégico", conclui Lynn.
Acompanhe o que aconteceu nos dois dias de workshop:
*Implantação de Parque Tecnológico é discutido em evento da Uneb
*Desenvolvimento de jogos digitais no Nordeste
Assista também ao vídeo Jogos Educativos, feito pelo Globo Ciência.
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